Morreu nesta terça-feira, aos 76 anos, Ozzy Osbourne, o lendário vocalista original do Black Sabbath e um dos nomes mais marcantes da história do rock. Conhecido mundialmente como o Príncipe das Trevas, Ozzy se tornou símbolo máximo do heavy metal e referência para várias gerações de músicos e fãs. Sua morte encerra uma era em que o rock era mais do que música: era atitude, transgressão e identidade.
Nascido em Birmingham, na Inglaterra, Ozzy ganhou destaque no final dos anos 1960 ao lado de Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward. Juntos, fundaram o Black Sabbath, banda que lançou álbuns históricos como Paranoid e Master of Reality, considerados por críticos e especialistas como pilares fundamentais do gênero heavy metal. A sonoridade pesada, a atmosfera sombria e a voz única de Ozzy marcaram o nascimento de um estilo musical que revolucionou o mundo. Não à toa, livros como A História do Heavy Metal detalham como ele e sua banda redefiniram os rumos da música pesada no século XX, destacando sua influência não apenas sonora, mas também estética e cultural.
Após ser demitido do Black Sabbath no final da década de 1970, muitos apostaram no fim de sua carreira. No entanto, sua fase solo se mostrou ainda mais impactante. Com álbuns como Blizzard of Ozz e hits como “Crazy Train” e “Mr. Crowley”, Ozzy não apenas sobreviveu, mas consolidou sua imagem como um dos grandes nomes do rock. Ele desafiou a lógica da indústria fonográfica e reinventou sua trajetória, como mostra sua própria autobiografia Eu Sou Ozzy, onde ele narra com bom humor e brutal sinceridade os altos e baixos de uma vida marcada por vícios, escândalos e sucesso.
Mesmo enfrentando problemas de saúde, incluindo o diagnóstico de Parkinson, Ozzy manteve-se presente na cultura pop. Sua participação no reality show The Osbournes mostrou um lado mais íntimo e familiar do ídolo, revelando que, por trás da figura polêmica, havia também um pai e marido com um senso de humor peculiar. Nos últimos anos, ele lançou novos álbuns e até tentou retomar as turnês, mas foi impedido por limitações físicas. Ainda assim, em julho de 2025, emocionou os fãs ao participar de um show especial em Londres, sua última aparição pública.
A morte de Ozzy Osbourne gerou comoção global. Fãs ao redor do mundo prestaram homenagens e revisitaram sua obra. Para aqueles que desejam mergulhar ainda mais no universo do metal, o livro Louder Than Hell: A História Oral do Heavy Metal é uma leitura obrigatória. Com entrevistas e bastidores de bandas lendárias, incluindo passagens marcantes de Ozzy, a obra mostra o impacto duradouro que ele teve no gênero e na indústria musical.
Ozzy Osbourne deixa muito mais que discos e histórias. Ele deixa uma marca indelével na cultura. Sua música, atitude e autenticidade continuam vivas nas gerações que o seguiram e nos livros, vídeos e álbuns que eternizam sua lenda. O rock perde uma voz, mas ganha um mito eterno.
